24 dezembro 2013

Preparados para a chegada de Jesus?


Ao longo deste advento preparamos o Natal, a chegada de Jesus! 
Mas será que está tudo pronto para o recebermos? De certeza que não faltam os doces para a consoada, os presentes na árvore, os enfeites e as luzes de natal, mas será que há espaço para receber verdadeiramente Jesus? 

Não te esqueças nunca que celebramos este dia porque Jesus nasceu. 
Por isso mesmo, hoje antes de te deitares ou amanhã, passa pelo presépio, fica um pouquinho com Jesus, acende até uma vela para que o nascimento de Jesus não seja esquecido!

Um Santo e Feliz Natal!

Devolver o Bilhete a Deus

O amor não tem lógica, não tem interesse, explica-se por si mesmo 

O mundo vivera a primeira e esplendorosa semana. O espaço vazio e informe povoara-se de luz e de vida. As estrelas rolavam nos céus e o mundo transformara-se num jardim de cores e perfumes. A criação, agradecida, organizou uma festa para Deus. Cada criatura trouxe o melhor que podia. Os esquilos trouxeram as nozes mais crocantes, o reino vegetal escolheu perfumes, rosas e maçãs. Das profundezas das águas vieram pérolas. Nem faltou a música do vento e o doce mel das abelhas. Chegando a vez do homem, apresentou-se de mãos vazias. Nada lhe parecera digno do Senhor. No último instante ocorreu-lhe uma ideia salvadora. Com as mãos vazias, mas com o coração acelerado, disse duas palavras maravilhosas: “Eu amo-te!”.

O poeta inglês John Milton, a partir da primeira página da Bíblia, escreveu, em 1672, o poema Paraíso Perdido. Narra o confronto de Deus com Lúcifer. Este, derrotado, vinga-se contra a criatura, feita à imagem e semelhança de Deus. Na realidade, o Jardim Terreal não pode ser apenas saudade, mas esperança. Não é um sonho que se desfez, mas um projecto que pretendemos realizar. Estamos muito próximos do paraíso perdido, mas também muito perto do contrário, o inferno. A linha divisória, que separa o paraíso do inferno, é o amor. Um personagem do romancista russo Fiódor Dostoiévski, Ivan Karamazov, diante da dificuldade de entender o problema do mal no mundo, tenta uma saída: “Eu recuso este mundo e devolvo o meu bilhete a Deus”.

O mal nunca vem de Deus. O mal é fruto da liberdade humana, mal entendida e mal usada. O mal vem da recusa de entender e acolher o amor de Deus. Se dele procedesse o mal, teria a marca do demónio. Deus só sabe, Deus só pode, Deus só quer amar. A afirmação do teólogo Andrés Torres Queiruga tem plena fundamentação bíblica. A criatura humana não foi criada para servir a Deus, nem mesmo para amar a Deus. O homem e a mulher foram criados por amor. E o amor não tem lógica, não tem interesse, explica-se por si mesmo. É pura gratuidade.

Deus não volta atrás no seu amor. Ele tem paciências infinitas com as suas criaturas. O amor é a sua grande aposta. Um dia, amanhã ou dentro de alguns milénios, o homem acabará por entender o amor de Deus. Neste dia a própria natureza recuperará a sua inocência primitiva, a terra dos homens voltará a ser o Jardim desejado por Deus. Cansado de guerras, de ódio, de exploração, de violência e egoísmo, o homem abandonar-se-á ao amor. Neste dia surgirão novos céus e nova terra, onde não mais haverá pranto, lágrimas e luto (Ap. 21). Serão novamente abertas as portas do Paraíso Perdido. O bilhete é o amor.


A. C.

Desperta, Acorda! Aí vem o nosso Deus!


Oração do Catequista - IV Domingo do Advento


Vem Senhor Jesus! 

Só um amor como o Teu é capaz de transformar a minha vida, de salvar este mundo! 

Só um Deus que cura dos pecados me desperta para a vida. 

Jesus, que do "justo" José eu aprenda o que Tu lhe ensinaste: andar no "caminho da justiça" pois é esse o caminho da vida em Ti e por Ti, no amor a todos.

IV Domingo do Advento - Desperta, Ele é Deus connosco!

"E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mateus 1,21)

Despertar é acordar dum sono muitas vezes atribulado! E quantos "acordar" põem à prova a alegria e a esperança. Nós cristãos sabemos, pela fé, que Deus está connosco e que a última palavra é sempre a dEle. Assim o confirma a história de Israel, nos textos bíblicos. Nos momentos mais sombrios, descobrimos a compaixão de Deus e a sua protecção. José é um exemplo.
Pela fé, sabemos que Ele nos desperta para a Vida. Não estamos sós!



Senhor Jesus que vens ao nosso encontro fazendo-Te um como nós, ajuda-nos a despertar para ouvir a Tua voz e deixar-Te nascer no nosso lar. 

Ajuda-nos a descobrir-Te em todos os presépios, em todas as manjedouras e em todas as Maria e Josés. 

Obrigada porque és um Deus connosco!

Vem Senhor Jesus, não tarde!

18 dezembro 2013

É quase Natal!

O Natal está quase a chagar! Já tens tudo preparado? 

Imprime, pinta e recorta o teu próprio presépio, para que a chegada do Menino Jesus seja ainda mais especial!

Bom trabalho!





15 dezembro 2013

Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão... (Saint-Exupéry)

Quando poderemos dizer que é Natal?

Quando poderemos dizer que é Natal? 
Quando os preparativos todos se avizinharem do fim
segundo o mapa que nós próprios estabelecemos
ou quando nos acharmos pequenos e impreparados,
à espera do que vai chegar? 
Quando, seguras de si, as mãos se fecharem
sobre tarefas e embrulhos 
ou quando se declararem simplesmente disponíveis
para a reinvenção da partilha e do dom? 


Quando poderemos dizer que é Natal? 
Quando os símbolos nos saciarem com o seu tilintar encantado 
ou quando aceitarmos que tão só eles ampliem
o tamanho da nossa sede? 
Quando nos satisfizer o vento que sopra de feição 
ou quando avançarmos entre contrários
provados pela aspereza e pelo silêncio 
unicamente movidos por uma confiança maior? 

Quando poderemos dizer que é Natal? 
Quando a fronteira do calendário ritualmente nos disser 
ou quando, hoje e aqui, o nosso coração ousar? 

José Tolentino Mendonça

Dizer Sim e Não na Hora Certa

Quando os limites não são fixados, estamos a criar egoístas e anti-sociais 

A cena teve lugar no jardim zoológico. A mãe girafa preparava-se para dar à luz e muitos curiosos presenciavam a cena. A girafa permaneceu de pé e o filhote despencou de uma altura de quase dois metros. No chão, a girafinha, ainda zonza, debatia-se, tentando ficar de pé. Depois de alguns minutos, o filhote conseguiu ficar em pé, com o aplauso da plateia. Indiferente aos aplausos, a mãe girafa deu uma patada e colocou o filhote, de novo, no chão. Mais uma tentativa do filhote e um novo coice.

A assistência ficou sem entender e colocou-se contra a mãe desalmada. O pessoal do zoológico deveria tomar alguma providência; a mãe poderia aleijar ou mesmo matar o filhote. Foi a vez do biólogo do zoológico explicar: a mãe sabe o que faz. Aparentemente é uma atitude agressiva, sem amor, mas é a maneira da mãe fortalecer as patas do filhote para que possa acompanhá-la e fugir dos predadores.

Depois da terceira tentativa e do terceiro coice, finalmente a girafinha firmou-se e correu para a mãe. Aí sim, a mãe lambeu a cria, acariciou-a e parecia dizer: parabéns, conseguiste! E mãe e filha saíram, caminhando lado a lado.

“É proibido proibir”. Esse foi o grito de guerra da revolução de maio de 1968, quando os jovens - enfants enragés - pararam a Franca durante semanas. O presidente Charles De Gaulle devolveu a tranquilidade ao país, mas o espírito da Revolução de Maio ganhou o mundo e muitas coisas não foram mais as mesmas.

Há crianças, hoje, que, da altura de seus seis ou sete anos, proclamam: mãe, não mandas em mim! Pior do que isso é quando os pais aceitam essa tirania infantil. A tirania manifesta-se também na escola, quando a professora parece ser a última que manda. E muitos pais, míopes, autorizam a rebeldia dos filhos, colocando-se contra os professores.

Quando os pais não castigam os seus filhos, a vida se encarregará de fazê-lo, diziam os gregos antigos. No passado praticavam-se castigos corporais, humilhantes e duros. Hoje todos estão contra esse tipo de atitude. No entanto, os pais têm obrigação de apontar limites aos filhos. Devem indicar o certo e o errado, os direitos e os deveres, pressupostos normais para a vida social. Quando os limites não são fixados estamos a criar egoístas e anti-sociais.

Os pais têm o dever de dizer “sim” e “não” aos filhos, na hora certa. Muitas vezes dizer não é um gesto de ternura; outras vezes dizer sim é omissão. Amar é dizer sim e não na hora certa. A distância, muitas vezes, ajuda a entender a atitude dos pais e agradecê-los. 

A mãe girafa ensina-nos a firmeza e a ternura, cada coisa no tempo certo.
A. C.

Oração do Catequista - III Domingo do Advento


Senhor Jesus, que a pergunta «quem és Tu?» acompanhe todos os meus dias.

Que cresça em mim o desejo de Te conhecer e amar, a alegria de Te dar a conhecer aos meus catequizandos.

Provoca-me com a Tua Luz, para que hoje e sempre possa dizer com a vida:

 Vem, Senhor Jesus!

III Domingo do Advento - Despertar para a Esperança!

" ... João Baptista ouviu, falar na prisão, das obras de Cristo e mandou-Lhe dizer pelos discípulos: «És Tu Aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?»
Jesus respondeu-lhes:
«Ide contar a João o que vedes e ouvis:
Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a Boa Nova é anunciada aos pobres..." (Mt 11, 2 -5)



Quem é Ele? Ao longo de séculos o povo bíblico procura o rosto de Deus. Em Jesus, Deus dá-se a ver e a tocar... faz-se próximo, um de nós, toca-nos e cura-nos. O Advento, tempo de esperança, é um convite a colocar de novo a pergunta «quem és Tu?» e a ouvir a respsta proferida pelo próprio Jesus.
Como ouço, hoje, a resposta? Que tem esta a ver com a minha vida?




Senhor, será que na vida de todos os que voltam para Ti o coração, milagres acontecem? 

Ser curado, recuperar a vida e ouvir a Tua Boa Notícia é ser salvo?

Esta é a Esperança dos crentes? 

Desperta-me para a Tua Sabedoria e acolhe o meu desejo de ser salvo. 

Revela-nos o Pai e desperta-nos para a esperança!

Vem, Senhor Jesus! 


O Mundo como um Espelho

A inveja, o orgulho, a teimosia que vemos nos outros têm sólidas raízes em nós mesmos 

Nem sempre a realidade é como a percebemos. Na antiguidade grega, Esopo – 500 anos A.C – conta a história de um viajante que chegou às portas de Atenas em busca de informações. Pretendia saber como era a população da cidade. Esopo, antes de responder, quis saber como eram os habitantes de sua cidade. Sou de Argos, explicou ele, e lá as pessoas são antipáticas, mesquinhas, invejosas e por isso vim para cá. O sábio disse: infelizmente as pessoas de Atenas também são assim. Meia hora após, outro viajante apresentou-se com a mesma pergunta. De onde vens e como são os habitantes de sua aldeia? Sou de Argos, disse o viajante, e lá as pessoas são generosas, serviçais e hospitaleiras. E Esopo disse sorrindo: quem bom, pois em Atenas também as pessoas são assim!

O mundo é como um espelho e reflecte o nosso interior. Do mesmo modo como vou ao encontro do mundo, ele vem ao meu encontro. O meu mundo é o meu espelho. Assim como eu o vejo, assim eu sou. Quando eu olho para fora e falo sobre as coisas que me cercam, estou também a revelar o meu interior e a dizer muitas coisas sobre mim.

A velha sabedoria grega já sabia que tudo aquilo que recebemos, recebemos à nossa maneira. O mesmo facto ou a mesma afirmação é percebido à nossa maneira. A inveja, o orgulho, a teimosia que vemos nos outros têm sólidas raízes em nós mesmos. O mesmo vale para a bondade que está dentro de nós e se irradia sobre os demais. O mestre Eckhart constatava: “Quem estiver bem consigo mesmo, estará bem em todos os lugares e com todas as pessoas. Mas quem não estiver bem, não estará bem em nenhum lugar e com nenhuma pessoa”.

Mudando de Argos para Atenas, a pessoa continua igual. Não será a mudança de lugar que irá alterar as nossas deficiências e a nossa escala de valores. Mudando de lugar, carregamos connosco os nossos defeitos e as nossas virtudes. A primeira tentação é mudar as pessoas de Argos, mas isso não vai mudar nada. Nós continuamos os mesmos.

Existem dentro da nossa psique filtros poderosos que, aparentemente, modificam a realidade. E esses filtros funcionam em duas direcções: escondendo as nossas limitações e exagerando os defeitos dos demais. As paisagens mais sombrias estão dentro das pessoas e elas mostram um mundo cheio de sombras. O contrário também acontece: pessoas cheias de luz e harmonia descobrem realidades tranquilas e harmonizadas.

A sujidade pode estar na janela, nas lentes de nossos óculos ou mesmo no nosso interior. A preocupação de mudar o mundo, que pode ser legítima, precisa de começar dentro de nós. O Evangelho fala dos trabalhadores da vinha, que chegaram à primeira hora, mas que tinham olhos maus (Mt 20). Se teu olho for puro, tudo ao teu redor será puro, se teus olhos forem bons, tudo será bom.
A. C.

Oração do Catequista - II Domingo do Advento


Senhor, convidas-me a voltar o coração para Ti... 

Chamas-me a olhar para o Reino que queres construir e a largar as amarras da violência, do egoísmo, da injustiça, da falsidade, do maldizer...

Convocas-me a renunciar a todo o mal que me separa de Ti e dos irmãos.

Ajuda-me a acolher a Tua luz e a Tua bênção para que a minha vida se deixe encontrar por Ti e de Ti se volte para os irmãos.

Vem, Senhor Jesus!
Deus traçou o caminho de cada um: o voo do falcão não é igual ao do cisne, mas isso pouco importa, desde que cada um sirva a verdade e a justiça. (Tolstoi)

II Domingo do Advento - Converte-te!

Avista-se o Menino de Belém. Uma paz a perder de vista, sem princípio e sem fim. 

A Justiça e a lealdade são possíveis para todos os que vivem de coração voltado para Deus e para os irmãos. Somos convidados, com os olhos postos em Jesus, a não condenar mas a olhar cada ser humano como Deus o vê. E como será que o vê? O Menino de Belém é o nosso guia. Por isso, somos convidados à conversão!



Senhor, tenho tendência a usar a moeda da violência, da mentira, do "venha a mim".

Bem sabes que não é fácil remar contra a maré quando todos enganam todos.

Como voltar o coração para Ti e colocar-Te no meu coração? 

Sei que és solidário com as minhas lutas.

Vem, Senhor Jesus... para que seja possível ser, hoje, Natal!

02 dezembro 2013

Oração do Catequista - I Domingo do Advento



Senhor Jesus, obrigado porque me chamaste para viver, testemunhar e anunciar a Boa Notícia do Reino. Ajuda-me a tornar o meu SER disponível ao Espírito Santo, para que, desde o mais fundo de mim, Ele possa DESPERTAR-ME, HUMANIZAR-ME e ajudar-me a VIVER ao teu jeito. 
Vem, Senhor Jesus.
Mestre, indica-me o caminho para acompanhar o crescimento dos meus catequizandos a fim de que eles possam chegar à COMUNHÃO contigo, fiquem fascinados pelo Pai e desejem ser teus discípulos. 
 Vem, Senhor Jesus.

Calendário do Advento



Aqui fica um calendário do Advento diferente!
Imprime e vai contando os dias até ao Natal! Bom Advento!

I Domingo do Advento - Despertar para a Paz!


“… Vós sabeis em que tempo estamos:
Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé.
A noite vai adiantada e o dia está próximo. …” (Rom 13, 11-12)


«Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós» diz São Paulo. 
Será que este apelo a DESPERTAR é resposta à busca incessante da paz que todos procuramos? 
Mas afinal o que é a paz, senão um coração habitado pelo BEM, um bem que é o amor em acção?
Para nós, cristãos, o BEM/AMOR tem um nome e um rosto, é o Emanuel, Deus connosco. E todo aquele que escuta o apelo a DESPERTAR, acolhe a PAZ que vem de Deus. 
Nesta 1º semana de Advento, suplicamos-Te, Jesus, vem e DESPERTA-NOS. Vem e volta o nosso coração para o Pai e para os irmãos. Que os nossos dias sejam dádiva a todos os que estendem a mão à espera dum sorriso, duma amizade, dum gesto de compaixão. Desperta-nos para a PAZ que acontece no encontro contigo e no amor aos irmãos.

 
Jesus, experimento, todos os dias, que estás comigo. 

Obrigado. Peço que me ajudes a DESPERTAR…

A OLHAR as pessoas como Tu as vês…

A ESCUTAR como Tu sempre escutaste as pessoas e o Teu Pai…

A AMAR ao teu jeito...

Obrigado por estares no fundo do meu coração.

Obrigado porque és a minha PAZ. 

Vem, Senhor Jesus!